A franquia Hearts of Iron, da Paradox Interactive, construiu sua reputação por ser uma das mais detalhadas e envolventes linhas de jogos de Estratégia ambientados na Segunda Guerra Mundial.

A combinação inteligente de elementos como a construção de níveis, precisão histórica e simulação de eventos, fizeram da série Hearts of Iron uma das favoritas entre os apreciadores do gênero. No entanto, esse tamanho e complexidade amedontradora sempre foram o proverbial “calcanhar de Aquiles” da franquia, que por acaba apresentando-se de forma muito inacessível aos jogadores inexperientes.

Hearts of Iron III segue o estilo de seus antecessores, exibindo um título complexo, com uma profundidade sem igual, capaz de colocar o usuário no controle de uma das mais de 150 nações existentes no mundo durante um dos períodos históricos mais conturbados que o mundo já viu.

O grande trunfo de Hearts of Iron é justamente o fato de não se resumir a ação a controlar tropas sobre um mapa geopolítico, mas sim controlar todos os aspectos da nação em guerra.

Além de efetivamente controlar cada unidade, você deverá controlar os aspectos econômicos, políticos, industriais, de inteligência, comércio e assim por diante. Sem deixar de lado os vários aspectos militares. O jogo esmiúça cada opção de gestão.

A versão demonstrativa lançada a pouco mostrou algumas dessas opções na prática. Na demo você pode jogar dentro de uma recriação histórica do período entre 1936 e 1948 (que abrange toda a Segunda Guerra Mundial).Controle suas tropas

Na prática a luta acaba ficando em segundo plano. Isso porque você deve gerir com sabedoria seus recursos, além de responder a uma serie de responsabilidades administrativas referentes ao controle da sua nação e as relações desta com os outros integrantes da sua facção e seus inimigos.

É difícil explicar todos os detalhes do jogo. Certamente trata-se de um dos jogos mais aprofundados disponíveis no mercado. Cada uma das guias de comando subdivide-se em outras várias guias.

Através das inúmeras telas disponíveis na interface (que por sinal podem se tornar um pouco confusas) o jogador deverá comandar suas tropas, movimentar recursos, financeiros e materiais para desenvolvimento de novas tecnologias, treinamento de tropas e construção de armas, tanques, navios, aviões e assim por diante.

Na aba de inteligência e diplomacia o “comandante” deve estudar alianças, negociações e tratados, ao mesmo tempo em que explora seus espiões enviando-os em missões de reconhecimento, contra-espionagem e até mesmo incitar revoluções internas, caos e terror em determinada nação.

Mesmo com algumas mudanças sutis em sua jogabilidade HoI 3 continua extremamente desafiador e certamente não se trata de um jogo voltado para o público casual, ou mesmo aqueles jogadores hardcore não familiarizados com o gênero ou a franquia.

Complexo em todos os aspectos Hearts of Iron III deve agradar em cheio aos fãs, porém seu público é extremamente restrito. Além disso, os gráficos não impressionam nem um pouco, mesmo porque este não foi o foco da produção, entretanto, os visuais são extremamente funcionais, e a interface é de fácil utilização.